JOGADOR DO FLAMENGO FALA SOBRE EXPERIÊNCIA COM TITE: “ME FAVORECEU BASTANTE”

JOGADOR DO FLAMENGO FALA SOBRE EXPERIÊNCIA COM TITE: “ME FAVORECEU BASTANTE”

Cebolinha é uma das grandes surpresas do Flamengo nos últimos meses. O jogador já está com o Mengão desde o meio de 2022, mas o seu começo com o Manto Sagrado não foi dos melhores. Na verdade, ele só conseguiu se destacar e ganhar a titularidade depois da chegada de Tite, em outubro de 2023. Assim, foram cerca de 17 meses no banco de reservas, sendo muito criticado e questionado. Mesmo assim, ele se reergueu e voltou a mostrar o seu talento que o trouxe para o Rio de Janeiro. 

Para conseguir se manter estabilizado e confiante em meio a tantas adversidades, o apoio mental e psicológico, extra-campo, foi essencial para Everton, além de uma continuidade nos treinos físicos e estratégicos.

“A gente sabe da cobrança e da dificuldade que é você vestir a camisa do Flamengo. Tem um peso muito grande, um peso enorme. E você tem que chegar e dar conta do recado, estar preparado já de urgência. E infelizmente nem todos os jogadores são assim, então procurei me preparar nisso também. Hoje eu me encontro muito mais preparado. Estou na minha melhor forma física, melhor forma mental e técnica, e eu tenho conseguido dar conta do recado”, contou ao ge. 

“Teve momentos de muita dificuldade, que você acaba deixando a peteca cair um pouco, você fica um pouco mais triste, cabisbaixo, que é normal, principalmente numa temporada como a nossa, que são jogos decisivos a todos os momentos, mas em nenhum momento eu duvidei da minha capacidade. Em nenhum momento eu duvidei daquilo que eu vim fazer aqui no Flamengo”, pontuou. 

Ele falou, também, que já tem o hábito de se aconselhar com terapeutas desde o seu tempo em Portugal, quando representava o Benfica entre 2020 e 2022. “Foi principalmente logo após a pandemia (que procurou ajuda psicológica), quando eu fui para Portugal, onde eu tive muita dificuldade, a mudança de cultura, e por estar no meio de uma pandemia também. Eu passei muita dificuldade lá”, disse. 

“Acabei tendo momentos de oscilação e optei por procurar ajuda por fora. Minha esposa sempre me incentivou muito. Eu tinha esse tabu de achar que não era necessário, não precisava. Mas nós jogadores somos cobrados desde cedo, desde muito cedo. E eu saí de casa com 16 anos a primeira vez para morar sozinho num alojamento. Isso traz alguns traumas que você acaba não percebendo, mas em algum momento da sua vida isso vai vir à tona. A cobrança diária, a gente sabe que é muito difícil para um atleta de futebol, e o atleta não está preparado para isso. Hoje em dia esse tabu foi quebrado. Eu costumo dizer assim: eu tenho me preparado dessa forma, isso tem me ajudado muito, então aconselho muitos que isso é muito importante”, disse também.